Reality Z, a primeira produção brasileira de zumbis da Netflix, chamou a atenção dos assinantes da plataforma no mês de junho. Porém, poucas pessoas sabem que ela é uma adaptação de Dead Set, minissérie britânica lançada em 2008 e criada por Charlie Brooker (Black Mirror).
Ambas as séries mostram um apocalipse zumbi tomando conta do mundo ao mesmo tempo em que um reality show de sucesso está em seu auge. Os estúdios do programa acabam virando um refúgio para os vivos e nós passamos a acompanhar a história e os acontecimentos ao redor do lugar.
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Dead Set acabou fazendo muito sucesso e chegou a ser indicada pela BAFTA como uma das melhores séries dramáticas do ano. Com um orçamento bem baixo e apenas 5 episódios, a minissérie trouxe várias referências de filmes de zumbis e inovou no gênero de terror.
Ao contrário da sua irmã britânica, a produção brasileira criada e dirigida por Cláudio Torres (O Homem do Futuro), teve uma recepção mista, mas ganhou muitos elogios pela maquiagem dos zumbis e os efeitos especiais.
Coincidentemente, Reality Z foi lançada em um período que, infelizmente, tem um pouco a ver com a série: uma pandemia e as pessoas em isolamento social.
Em recente entrevista, o ator Guilherme Weber, que interpreta o personagem Brandão, comentou o fato.
De acordo com ele, “o espectador não está vivendo uma pandemia zumbi projetada num medo irracional, mas sim, está vivendo junto”. Para ele, a série é um paralelo com um Brasil “muito duro e violento”.
As duas séries contaram com várias participações especiais. Em Dead Set, por exemplo, Davina McCall e Krishnan Guru-Murthy interpretaram eles mesmos. No Brasil, tivemos Sabrina Sato como Divina, a apresentadora do reality show.
Diferença nas histórias
Até a metade da temporada, Reality Z traz as mesmas situações vividas pelos sobreviventes de Dead Set. As características tanto físicas quantos psicológicas dos personagens também são bem parecidas. Entretanto, por contar com 5 episódios a mais e uma duração maior, somos surpreendidos com outras histórias que não são vistas na obra original.
Do episódio 6 em diante, temos um virada inesperada na narrativa e somos levados para outras questões da situação. Agora, não temos mais pessoas perdidas e tentando entender o que está acontecendo, mas sim, seres humanos com uma necessidade gigantesca de tentar se adaptar e sobreviver à essa nova situação.
É melhor a gente encerrar as nossas comparações para evitar possíveis spoilers, né?
Por se tratar de uma adaptação, você não precisa assistir as duas séries, mas aconselhamos que sim. Além de ajudar e incentivar uma produção brasileira, você também vai poder ter uma ideia de como são os realities shows fora do nosso país.
Vale a pena!