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FICHA TÉCNICA
Título: Princesa Adormecida
Classificação indicativa: 10 anos
Gênero: Comédia, Infantil e Romance
Duração: 1 hora e 20 minutos
Direção: Cláudio Boeckel
Elenco: Pietra Quintela, Patrícia França, Guilherme Cabral, Livia Silva, Juliana Knust, Aramis Trindade, Cláudio Mendes, René Stern, Maisa Silva
Sinopse oficial: Rosa é uma típica adolescente que sonha com liberdade e independência enquanto seus três tios, que a criaram como uma filha, a superprotegem a todo custo e não a deixam fazer nada. Aos 15 anos, ela descobre que o mundo que achava real nada mais era que um sonho. Rosa é mais que uma simples jovem que vai à escola e se diverte com sua melhor amiga e troca mensagens com o seu crush. Um mistério do passado volta à tona e uma vilã vingativa coloca sua vida em perigo. Princesa Adormecida é a segunda adaptação para os cinemas da coleção de livros “Princesas Modernas”, de Paula Pimenta, após o sucesso de Cinderela Pop.
TRAILER OFICIAL
CRÍTICA SEM SPOILERS
“Princesa Adormecida tenta homenagear as clássicas obras de contos de fadas, mas tropeça ao se tornar excessivamente explicativa e ao perder a consistência no tom.
A narrativa se inicia com um relato do passado, apresentado através de um trabalho escolar da protagonista, Rosa (Pietra Quintela). Nesse ponto, a trama começa a se desenrolar, e os personagens são introduzidos de forma fluida. Vale elogiar como a produção apresenta esses personagens ao longo da minutagem, sem forçar ou apressar a narrativa, especialmente no primeiro ato.
Falando em personagens, é preciso destacar o elenco. Vemos nomes consagrados, como Patrícia França, dividindo a tela com uma nova geração promissora de atrizes. A química entre o elenco é palpável, mesmo com as limitações do roteiro.
No entanto, o maior problema de Princesa Adormecida está na falta de equilíbrio ao explicar as situações. As inúmeras pausas para detalhar ou justificar ações acabam subestimando o espectador, sugerindo que este não seria capaz de acompanhar a trama sem explicações desenhadas. Ironicamente, mesmo com tanto cuidado, o filme ainda apresenta diversos furos de roteiro e falhas temporais perceptíveis, que fazem o espectador questionar: “Eles realmente acharam que isso passaria despercebido?”
Além do excesso de explicações, o filme sofre com uma indecisão no ritmo e na atmosfera. Compreendemos que uma história precisa de variações de tom para se manter interessante, mas aqui a transição é confusa e amadora, o que surpreende, considerando que o diretor, Cláudio Boeckel, já conduziu outros projetos sem essa falha evidente.
A busca constante por reviravoltas e acontecimentos inesperados acaba esvaziando a importância do clímax. Quando chega o momento que deveria ser o ápice da trama, ele se apresenta como apenas mais uma cena de transição, sem o impacto esperado.
Apesar dos problemas, Princesa Adormecida ainda consegue, de alguma forma, entregar uma história razoavelmente divertida e atual, que pode conquistar o público jovem que busca apenas um entretenimento passageiro. Contudo, não é recomendada para quem procura um roteiro envolvente ou uma direção que exalte o cinema nacional.
Nota: 1,5/5