FICHA TÉCNICA
Título: Um Lugar Silencioso: Dia Um
Classificação indicativa: 14+
Gênero: Terror, Ficção Cientifica e Thriller
Duração: 1 hora e 39 minutos.
Direção: Michael Sarnoski
Sinopse oficial: Antes dos assustadores eventos vividos pela família Abbott (John Krasinski e Emily Blunt) nos filmes anteriores, o mundo não estava dominado pelos alienígenas. Sam (Lupita Nyong’o) estava entre os humanos acostumados aos ruídos de uma metrópole, como Nova York. Até o momento em que ela testemunha a chegada das criaturas no planeta Terra e o consequente massacre. Agora, ela e Eric (Joseph Quinn), juntamente com outros sobreviventes, precisarão aprender a sobreviver com os monstros assassinos, que se orientam pelo som de suas vítimas na cidade mais ruidosa do mundo.
Crítica sem Spoiler:
“Um Lugar Silencioso: Dia Um” é um filme que tinha o potencial de ser um completo desastre. Tendo já visto parcialmente o início da invasão alienígena em Um Lugar Silencioso Parte 2, havia a possibilidade dos produtores tornarem esse filme um longa-metragem recheado de redundâncias. Felizmente, a questão das relações humanas toma frente e acaba tornando o filme uma obra sólida e que entretém.
Lupita Nyong’o como a protagonista Sam é definitivamente a melhor parte do filme. Ela simplesmente rouba toda e qualquer atenção do espectador sempre que ela está na tela. A habilidade dela de transmitir tanto uma vulnerabilidade quanto um espírito de sobrevivência sem precisar dizer uma palavra sequer, é admirável, é incrível, é arte.
Por outro lado, Joseph Quinn no papel de Eric acaba ficando um pouco desbotado durante o filme. Um dos principais fatores é que seu personagem é introduzido na narrativa muito mais tarde comparado com Sam. Além disso, as cenas dele atuando por si só acabam não aprofundando o personagem. Parece que esse personagem funciona como uma ferramenta emocionalmente instável para o desenvolvimento de Sam e como uma forma dos roteiristas de apresentar mais informações sobre os aliens para próximos filmes.
Inicialmente, estava cético sobre a química desses dois personagens. Felizmente, a dinâmica apresentada foi o suficiente para convencer o público. O único problema é que o filme perde muito tempo com personagens que não importam na narrativa desse filme. Isso faz com que a dupla principal, principalmente Eric, não tenha tantas cenas para conhecermos melhor quem eles são. Há um personagem que apareceu em outro filme da franquia mas que nessa história ele ficou muito jogado de qualquer jeito
Mesmo assim, é possível ver que o Filme tentou fazer uma mistura do foco emocional de “Um Lugar Silencioso” (2018) com a ação e exploração de “Um Lugar Silencioso: Parte 2”(2021). Nessa tentativa ele consegue ser competente no eixo emocional mas as cenas de ação acabam ficando monótonas mais para o final do filme. Na minha opinião, a direção acabou usando demais as criaturas aparecendo na tela, o que acaba diminuindo a tensão das cenas.
Em geral não é um filme ruim, mas também não é nada marcante. Talvez se ele mantivesse o foco em ser uma obra completa por si mesma ao invés de inserir tantas referências e pontos para futuros filmes, eu poderia gostar mais.
Nota final: 3/5