Filhas de Eva
é a nova série de humor e drama que estreia no dia 8 de março no Globoplay. Com certeza, a escolha do Dia Internacional da Mulher faz toda a diferença, já que Filhas de Eva fala de coragem, sororidade, feminismo e emponderamento feminino.
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Nesta quarta-feira (03/03), o Séries Brasil participou de uma coletiva com o elenco da série para conversar um pouco sobre a nova produção e a expectativa das atrizes Renata Sorrah, Giovanna Antonelli e Vanessa Giácomo para o lançamento.
Ao longo da entrevista, elas falaram a respeito de mudanças, transformações, liberdade e sonhos. Sobre como, apesar do feminicídio, as mulheres estão alcançando lugares cada vez mais importantes ao redor do mundo e tornando o sentimento de sororidade intenso.
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Sinopse
Stella(Renata Sorrah),
aos 72 anos está completando 50 de casada. No entanto, na comemoração das Bodas de Ouro, ela percebe que não é mais tão feliz quanto era antigamente. Buscando reencontrar-se novamente, ela então decide pedir o divórcio.
A reviravolta afeta também a vida de sua filha Lívia (Giovanna Antonelli). Ela é psicóloga, muito bem sucedida, mas não consegue se sentir feliz com sua própria vida e principalmente com seu relacionamento. Assim, a separação de seus pais torna-se ainda mais inconcebível.
Enquanto isso, Cléo (Vanessa Giácomo), que a princípio só entregaria o bolo da festa, se envolve na situação uma vez que se aproxima de Lívia. A jovem tem uma baixa autoestima que a prejudica muito, o que aumenta ainda mais sua batalha para sobreviver.
Eventualmente, as três protagonistas se encontram presas a padrões que não são o suficiente para fazê-las felizes.
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A trama é permeada pelas mudanças na história dessas mulheres, que precisam de muita coragem para mudar definitivamente o rumo de suas vidas.
São mulheres reais, como destacou a atriz Vanessa Giácomo: “A série humaniza todas elas porque todas acabam cometendo erros, mas reconhecem e aprendem com eles”.
Giovanna Antonelli também falou sobre transformações: “Todos os personagens passam por uma transformação ao longo da série, uma mudança, nenhum termina no mesmo lugar que começou. “
Filhas de Eva foi escrita e criada por Adriana Falcão, Jô Abdu, Martha Mendonça e Nelito Fernandes. A direção é de Felipe Louzada e Nathália Ribas, e a direção artística é de Leonardo Nogueira.
O elenco é composto não só pelas protagonistas, como também por nomes como Dan Stulbach, Marcos Veras, Analu Prestes, Erom Cordeiro, Jean Pierre Noher, Cecília Homem de Mello e Stênio Garcia.
Trecho da entrevista com o elenco de Filhas de Eva:
Na série Filhas de Eva as personagens dão grandes passos em busca de autoconhecimento, liberdade e principalmente mudanças. Em algum momento na vida vocês passaram por um ponto de virada como os vivenciados pelas protagonistas na trama?
Renata Sorrah:
“Eu estava no segundo ano de faculdade de psicologia. Um dia saindo da minha casa, o Roberto Bonfim que era meu vizinho falou: “Renata, você quer participar do Tuca, grupo de teatro universitário? É com o Amir Haddad.” Amir que é até hoje o meu mestre. Eu nem pestanejei e falei: quero! E fui, comecei a assistir, nunca mais tranquei nem a matrícula da faculdade. Nem voltei atrás para trocar. Um dia eu fiz alguma cena de Garcia Lorca e o Amir falou “Temos uma atriz em cena”. Esse foi o dia da minha grande mudança. Eu mudei sem pensar. Eu acordei uma estudante do segundo ano de psicologia, e fui dormir com todas as minhas janelas e portas abertas pensando que é isso que eu sei, isso que eu quero. Foi um longo caminho de aprendizado, mas eu senti que era, e fui atrás dessa mudança. Eu nunca mais voltei na faculdade, senti que era isso que eu queria. E esse é o meu destino até hoje, 50 anos depois. Foi essa mudança incrível e eu fui atrás.”
Vanessa Giácomo: “Então, a minha foi quando eu sai da minha cidade. Eu sempre fui muito focada, decidida. Eu quero ser atriz, é isso que eu quero pra minha vida. E aí, eu sabia que era muito difícil, não conhecia ninguém no Rio mas eu fui pra lá sabendo o que eu queria. Fiquei um tempo aqui (Rio de Janeiro) estudando teatro, e meu pai já tinha falado: “Já deu o seu limite aí, já chega, acabou pra você”. Mas eu sempre tive coragem de ir atrás, de pedir, e foi quando eu fui chamada pra fazer Cabocla. Foi, enfim, meu primeiro teste como atriz e eu entrei. Eu lembro do diretor falando que não podia falar pra ninguém e eu perguntei: “Nem pro meu pai?”, porque ele não ia saber e ia querer que eu fosse embora. Então foi o primeiro grande ato de coragem da minha vida, e hoje eu sou muito feliz em poder trabalhar, me sustentar, com o que eu escolhi pra minha vida.”
Giovanna Antonelli: “Eu como comecei muito jovem, com 13 anos já estava trabalhando, estou sempre em obras. Sempre em mudança, sempre em construção. Sempre mudando interna e externamente, a minha vida inteira. Eu já não sou igual eu era no ano passado, ano retrasado, eu me sinto uma pessoa em obras o tempo todo. Eu não sei para onde eu vou (risos), não sei onde eu vou parar mas to sempre de mudança. Sempre disposta e aberta ao universo pra mudar. As vezes eu falo: “Gente eu vivi 45 anos desse jeito, será que eu quero viver mais 45 assim ou de outro jeito?”. Talvez de outro, mas não sei ainda, estou sempre atrás desse propósito.“