Sessão de Terapia
é uma série original Globoplay, dirigida por Selton Mello, escrita por Jaqueline Vargas e produzida por Roberto D’Avila. A série nos põe de frente com o terapeuta Caio Barone (Selton Mello), que a cada episódio recebe em seu consultório pacientes com histórias de vida das mais diversas e sobretudo conturbadas. A quinta temporada estreia no Globoplay hoje, dia 04 de junho.
Nessa quarta-feira (02), o Séries Brasil teve a oportunidade de participar de uma coletiva virtual com o ator e diretor Selton Mello, a autora Jaqueline Vargas e o produtor Roberto D’Ávila, onde conversamos um pouco sobre as novidades da quinta temporada de Sessão de Terapia.
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A Quinta Temporada
“É muito comovente fazer essa série, que na quinta temporada se passa durante a pandemia. O acolhimento e a escuta, que são fundamentos da terapia, são ainda mais necessários e o eixo da relação do Caio com os pacientes se torna ainda mais sólido e fundamental nesse momento. Através de uma ficção, você consegue tocar o coração do público e fazer com que ele se enxergue e que ele sublime muitas dores, então ela chega em um momento primordial”
, destacou Selton Mello.
Nessa temporada, como de costume, Caio atenderá um novo quarteto de pacientes.
São eles: Manu (Letícia Colin), Tony (Christian Malheiros), Giovana (Luana Xavier) e Lidia (Miwa Yanagizawa).
Manu sonhou muito em ser mãe, idealizou a maternidade e agora está frustrada com a realidade na qual está. Tony se aproxima de Caio através dos atendimentos online que ele passa a realizar. Giovana é uma vendedora muito falante, simpática e determinada, porém, que sofre de uma grave compulsão alimentar. Já Lidia é enfermeira, e está saturada de sua carga de trabalho excessiva na linha de frente na pandemia.
A nova temporada também abordará a vida familiar de Caio Barone. Com a notícia da morte da mãe, seu grande fantasma do passado, Caio eventualmente entrará em conflito com sua irmã, Mariana (Bruna Chiaradia), que insiste para que ele conheça o irmão Miguel (Danton Mello).
Sobre dirigir e atuar, Selton Mello afirmou: “Eu estou ali analisando como terapeuta, e como um diretor também. A até série melhorou minha relação com o meu terapeuta (risos), nunca tinha parado para ver esse lado. Eu inclusive me inspirei nele na forma que o Caio se despede dos pacientes e avisa que a consulta terminou.”.
Pandemia e Saúde Mental
Jaqueline Vargas
e o produtor Roberto D’Ávila falaram sobretudo a respeito dos detalhes da gravação da temporada durante a pandemia. Ambos destacaram que a dramaturgia em si, o enredo, pouco sofreu os efeitos pandemia. Entretanto, em virtude da necessidade de atender a todos os protocolos de segurança, os procedimentos por trás das câmeras tiveram que ser alterados.
Pela primeira vez, a série foi gravada no Rio de Janeiro, utilizando principalmente os Estúdios Globo. Dessa forma, duas equipes trabalhavam juntas, e com uma estrutura melhor para as gravações.
O formato da série foi mantido, mesmo diante da nova tendência de terapias online durante a pandemia. Isso porque o novo formato não atenderia às demandas tradicionais da obra, que para a produção eram fundamentais.
“Essa série nasceu protocolada, foi fácil de adaptar”– brincou Selton Mello, uma vez que Sessão de Terapia apresenta duas pessoas sentadas distantes uma da outra em uma sala.
“Essa vontade de fazer essa série, que sempre foi necessária mas agora mais do que nunca, é muito bonita. Todos estão ali com muita emoção, e esse é o segredo de trazer arte e entretenimento de altíssima qualidade. A série é muito rica para a imaginação, e o público é coautor dela” – disse o ator sobre o processo de filmagem de Sessão de Terapia.
Além disso, Jaqueline Vargas destacou que o ato de fazer terapia, e assim compartilhar seus problemas com alguém pode ser benéfico, e que a série é uma boa forma de mudar a percepção das pessoas sobre a terapia e quem precisa de terapia. “Saúde mental também é saúde, e devemos pedir por saúde mental pública de qualidade” – concluiu.
“Essa série é uma oração ao tempo, uma carta de amor aos que se preocupam com a saúde mental.” – declarou por fim Selton Mello.
Trecho da entrevista com Selton Mello, Jaqueline Vargas e Roberto D’Ávila:
Como os dramas familiares que cercam o Caio podem ajudar as pessoas a lidar com os seus próprios, especialmente agora durante a pandemia, onde muitos tiveram que lidar com o luto?Selton Mello:“Eu acredito que não só o Caio, como também os outros personagens sirvam sim de inspiração. Ali acendendo alguma coisa no coração do público, uma identificação. As pessoas também fazem terapia quando estão assistindo. Fazer o Caio é uma bela mistura. Os intérpretes que estão ali também estão se vendo, se reconhecendo. A Letícia Colin fala sobre um bebê o tempo todo, voltava pra casa e encontrava um bebê. De uma certa maneira a gente vai então se encontrando.”Jaqueline Vargas: “Quando estamos escrevendo também. Havia uma personagem inspirada na minha mãe, só que o que eu não conseguia com a minha mãe eu conseguia com ela.”