Hoje, sexta-feira (4), às 20 horas, no palco Creators & Cosplay Universe da CCXP Worlds, a Galeria Distribuidora e a Diamond Films Brasil trouxeram uma Masterclass de deixar os fãs de true crime com os olhos brilhando.
O evento teve participação dos roteiristas Ilana Casoy e Raphael Montes em conjunto com o diretor Mauricio Eça. Os três trabalharam juntos nos longas: ‘A Menina Que Matou Os Pais’ e ‘O Menino Que Matou Meus Pais’.
Contando a mesma história, porém cada um com um ponto de vista, os dois filmes serão lançados simultaneamente em 2021. Na CCXP Worlds, ficamos sabendo mais sobre a produção de ambos.
Em suma, os longas contam a história do casal de namorados Suzane von Richthofen (Carla Diaz) e Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt). Que, em 2002, chocaram o Brasil ao surpreendentemente se declararem culpados pelo brutal assassinato dos pais de Suzane.
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Os roteiristas
O diferencial aqui, é trazer dois longas sobre uma mesma narrativa, afim de deixar o público tirar suas próprias conclusões, como nunca antes no gênero true crime. O roteiro foi feito a partir dos depoimentos de Suzane e Daniel prestados à polícia na época.
Autora de “Casos de Família: Arquivos Richthofen”, a criminóloga Ilana Casoy acompanhou pessoalmente o caso. No evento, Casoy contou que durante a criação do roteiro, ela tinha o objetivo de deixar uma linha do tempo clara ao público, além de elucidar todos os fatos fundamentais para a resolução do caso.
Então a necessidade da dramaturgia, para uma melhor compreensão do público. Como exemplo, durante o painel, Ilana apresentou primeiramente um trecho do filme no qual Suzanne conta o que estava fazendo antes do ocorrido, em comparativo com as imagens do depoimento real .
Raphael Montes trouxe também explicações sobre como foram produzidos os longas. Ambos possuem elementos em comum, chamados de “Cenas Pilar”, cujos acontecimentos eram contados por Suzane e Daniel de forma parecida. Servem para que o público se localize na narrativa.
Enquanto as cenas chamadas “Espelho”, são eventos que coincidem porém contados de formas opostas. Os filmes são divididos em atos, sendo somente o ato final sobre o crime. Os atos anteriores contam a vida do casal, em diferentes percepções, que culminaram no assassinato. Um final peculiar para o que parecia um romance adolescente.
O diretor
O diretor Mauricio Eça conta que durante as filmagens, os atores principais interpretavam papéis distintos sempre que mudavam de filme. Isso porque em cada versão o comportamento de Suzane e Daniel eram completamente diferentes. Assim como na vida real.
Sem impor juízo de valor ou pontos que guiam o telespectador para um culpado, a direção apresentou os protagonistas com a mesma estética e o mesmo tratamento.
Por fim, e você? No que prefere acreditar? Qual o conceito de verdade? A cabeça do telespectador ao ver os filmes, que aliás se complementam, se enche de perguntas.