A temporada de Outono de 2014 foi marcada pelo lançamento de grandes Animes como Fate / Stay Night e The 7 Deadly Sins. Mas nessa leva veio o surpreendente Parasyte: The Maxim (Kiseijū: Sei no Kakuritsu) baseado em um Mangá de mesmo nome da década de 80. O curioso caso logo se espalhou pelo mundo Otaku, fazendo a série ganhar mais popularidade e fãs ao redor do mundo e com isso levando a publicação do antigo Mangá em vários países, inclusive no Brasil pela Editora JBC. O que não se imaginava era que anos depois a obra iria repetir o sucesso através da Netflix.
História e Animação
Produzido pelo famoso estúdio Madhouse, lar de grandes sucessos como Death Note e Hunter x Hunter, a obra tem uma animação belíssima e uma trilha sonora cativante. A história gira em torno de um estudante de 17 anos, Izumi Shinichi, que teve a sua mão direita “tomada” por uma criatura desconhecida. Essas criaturas passam a ser chamadas de Parasitas e costumam usar seres humanos como hospedeiros para saciar seus objetivos e sua fome canibalesca. No caso de Shinichi a criatura só conseguiu tomar controle da sua mão direita, criando assim uma coexistência entre eles. Muito surreal, né?
“Talvez os humanos sejam as coisas mais próximas de demônios.”
Esse é o tipo de Plot que chama atenção em Animes. Mas felizmente Parasyte não é só sangue e ação. Os personagens são marcantes e seguem dentro de uma construção do porque os parasitas estão tomando o corpo dos humanos e se alimentando dos mesmos, com isso criando discussões sobre o papel do ser humano na terra e como somos destrutivos para outras espécies. Esse conceito faz com que o telespectador questione sobre a sua existência em detrimento de outras.
O efeito Netflix
Após o sucesso em 2014 a franquia ganhou um novo Mangá “Parasyte Reversi” contando histórias fora do núcleo principal, antologias que expandem o mundo criado por Hitoshi Iwaaki nos anos 80. E eis que chegamos a 2020 “o ano perdido”, “o ano do mochila de criança”, “o ano dos Streamings“… Parasyte chegou ao catálogo da Netflix sem nenhuma divulgação especial, e em pouco tempo a animação alcançou o Top 10 de vários países, principalmente na América Latina. E mais uma vez encontrou o sucesso, só que agora se expandindo para fora do seu nicho. Já vimos títulos como “La Casa de Papel” passar pelo efeito Netflix, o que nos faz pensar o que exatamente acontece para que isso funcione? É o momento? É o público buscando algo diferenciado?O que sabemos é que através disso um título pode ganhar um novo investimento e mais conteúdo. Os fãs torcem para que isso aconteça com o Anime, através de uma nova temporada contando as histórias do novo Mangá.
Dublagem e o futuro da franquia
Entre 2014 e 2015 foi lançado nos cinemas japoneses dois Live-Actions, que apesar de não ter um grande orçamento cumpre bem o seu papel e fortalece a ideia de que outros projetos deste tipo possam surgir. No momento, podemos ter esperanças de novidades mais certeiras sobre a franquia vindo por aí, principalmente um possível lançamento do novo Mangá no Brasil pela Editora JBC.Portanto, se você ainda não viu Parasyte não perca a oportunidade pois além de ser uma ótima maneira de começar no mundo dos Animes os episódios contam com uma ótima dublagem em português que vai te deixar mais à vontade nessa aventura. Para aqueles que já viram em 2014 é uma oportunidade de rever sobre uma nova perspectiva.Escrito por:
Robson Lima.