O Séries Brasil é composto por pessoas apaixonadas por séries de tv e cinema. Não somos formados na área, portanto, são críticas feitas de fã para fã, com o intuito de facilitar e democratizar a leitura para todo o tipo de pessoa.
FICHA TÉCNICA
Título: Jackpot: Jornada Mortal
Classificação indicativa: 14 anos.
Gênero: Ação e Comédia
Duração: 1 horas e 46 minutos
Direção: Paul Feig
Elenco: Awkwafina, John Cena, Simu Liu, Ayden Mayeri, Donald Watkins, Sam Asghari e Machine Gun Kelly
Sinopse oficial: Jackpot: Loteria Mortal conta a história da vencedora da loteria criada recentemente na Califórnia, Katie Kim (Awkafina) e sua luta para sobrevir e reivindicar seu bilhete premiado com o apoio do Cassidy (John Cena), enquanto fogem do Louis Lewis (Simu Liu) e dos caçadores do prêmio.
TRAILER OFICIAL
CRÍTICA SEM SPOILERS
Jackpot: Loteria Mortal traz uma proposta curiosa, ambientada em um futuro caótico onde uma loteria pode te fazer bilionário, mas apenas se você sobreviver a uma perseguição letal. Embora a premissa seja intrigante, o filme leva tempo para desenvolver seu ritmo, com um primeiro ato arrastado que não entrega muita ação ou suspense. A trama realmente só começa a engrenar nos últimos 20 minutos, o que pode ser frustrante para quem busca uma experiência de ação mais contínua.
O ponto forte do filme está na performance de Awkwafina. Sua interpretação de Katie Kim é divertida e genuína, proporcionando o equilíbrio perfeito entre vulnerabilidade e humor. Ela consegue carregar o filme em seus momentos mais lentos, tornando a personagem cativante o suficiente para manter o público investido, mesmo quando o roteiro não ajuda. Awkwafina traz vida a uma história que, por vezes, se perde em suas tentativas de construir vilões complexos, mas que acabam parecendo mais caricaturas desajeitadas do que ameaças reais.
Infelizmente, o roteiro se dispersa ao longo do caminho. A construção dos antagonistas é falha, oscilando entre o exagero cômico e uma seriedade que não convence. Isso compromete a tensão que deveria existir em um filme sobre “sobrevivência e perseguição”. E, quando finalmente chegamos ao clímax, tudo acontece rápido demais, como se o filme estivesse tentando resolver todas as suas tramas de uma vez. Esse desequilíbrio prejudica o impacto que a história poderia ter tido.
Por outro lado, a mensagem final do filme sobre solidão ressoa de forma interessante. A ideia de que, por mais que você se sinta confortável sozinho, às vezes a solidão não faz bem, e que encontrar alguém para compartilhar seus desafios é essencial, acaba sendo passada de maneira sútil. No entanto, leva tempo para essa mensagem se consolidar, e quando ela finalmente emerge, é envolvida por uma narrativa que já estava por um fio. Com todos esses pontos considerados, “Jackpot: Loteria Mortal” é uma obra que entretém parcialmente, mas que, no final, falha em aproveitar todo seu potencial.
Nota: 1,5/5
