Que Charlize Theron é a deusa dos filmes de ação, todos nós já estamos cansados de saber, né?! The Old Guard é sobre um grupo de pessoas imortais que após descobrirem seu “dom” passaram um tempo lutando para ajudar a humanidade a melhorar e evoluir. Mas com o tempo, eles viram que a humanidade ao invés de melhorar, estava piorando e desistiram de tentar ajudar.
Além disso, com toda a tecnologia atual, eles começaram a ter que se esconder para se proteger de pessoas que pudessem querer lhes fazer mal, se aproveitando de seus “dons”, afinal eles não envelhecem, e isso já é por si só uma prova que tem algo diferente com eles.
O filme se passa nos tempos atuais, nos levando a alguns flashbacks no passado de alguns personagens importantes, por exemplo, Andy (Charlize Theron) que é a líder dos imortais e carrega sobre si a responsabilidade de proteger seu grupo de amigos, podemos nos arriscar a chamar de família até.
Com o tempo, e vendo no que a humanidade se transformou, Andy desiste de ajudar como fazia antes e se torna uma pessoa fria, seca e preocupada somente em ficar fora do radar, para sua segurança e de seu grupo.
O que me chamou atenção em Andy foi que usaram o fato da personagem ser bem “velha” e mostraram isso de várias formas, no fato que dela dominar toda e qualquer tipo de arma e estilos de luta, porém, percebi o apreço da personagem principalmente por um tipo de machado, que ela carrega.
Além do apreço pela arma, que ela tem muito mais habilidade com ele, ou qualquer coisa parecida, visto que durante uma das cenas de luta, quando ela está bastante debilitada e em desvantagem, ela deixa de lado a arma de fogo e pega um machado de emergência do prédio e rapidamente resolve a situação, inclusive usando o objeto para desviar de balas.
O que tornou a personagem um pouco cansativa e até chata em certos momentos foi o fato de terem tentado transformar ela numa pessoa amargurada, nem aí para nada, e que só parecia querer ficar sozinha o tempo todo. E, claro, a insistência massiva na pergunta sobre a idade real da personagem também tornou o filme bem arrastado em certos momentos.
Quanto aos outros componentes do grupo de imortais, Nicky (Luca Marinelli) e Joe (Marwan Kenzari), o casal apaixonado que está sempre junto, tentando passar para quem assiste que tudo é perfeito e lindo demais. Mesmo para um casal que já vive junto há alguns vários séculos, acaba sendo um pouco massivo também, forçado até. Mas no final, acaba sendo fofo ver os dois juntos pela forma divertida e descontraída com a qual eles tentam levar a vida.
Booker (Matthias Schoenaerts), o “mais novo” dos imortais, se mostra seco, amargurado, solitário e até distante do grupo em boa parte do tempo. O que me fez desconfiar dele desde o início (não vou entrar em detalhes, seria spoiler demais). Apesar de não ter gostado muito do personagem, eu acabei entendendo um pouco o lado dele, por ser como é. Afinal, em um dos flashbacks onde conta sobre sua vida, ele fala sobre como sofreu ao perder todos que amava, principalmente os filhos, e deixa claro que considera seu “dom” na verdade uma maldição.
Nile (KiKi Layne), a mais nova integrante do grupo de imortais, é aquele tipo de personagem que quando aparece a gente começa a ficar com medo de que vá fazer merda e ferrar com tudo, principalmente devido à pouca idade. Mas, no final, se mostrou uma grande adição, levando todos de volta ao ponto principal e mais importante da história, que é fazer algo de bom, com o dom que cada um tem e trazer novamente um propósito para a longa existência de cada um ali.
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Sobre o “vilão” de The Old Guard, eu só posso dizer que foi chato, massivo, insuportável e entediante demais. Infelizmente o ator (Harry Melling) escolhido para tal personagem não convenceu em absolutamente nada (quer dizer, só na parte que realmente parece um playboy metido a besta), de resto foi absurdamente fora de contexto total, forçado e não convenceu nada na atuação também.
O filme é bem controverso, tentando mostrar personagens cansados da vida onde tem que lutar por tudo, onde demonstram que derramar sangue não é a melhor resposta para uma situação. Porém, é a primeira coisa que fazem sem pensar, quando se veem encurralados. Claro que tecnicamente se justifica o fato deles precisarem matar todos que saibam sobre seu segredo da imortalidade, para que eles possam ficar seguros. Mas acaba sendo totalmente controverso.
Para os apaixonados por uma boa cena de ação, com uma luta coreografada de forma quase que perfeita, o filme se torna sim uma boa pedida. Theron como sempre entrega ótimas cenas de luta que valem a pena serem vistas, sem dúvida.
Pelo final deixado, acredito eu que a Netflix pretende fazer uma continuação. O que eu gostaria bastante de assistir, já que fiquei bem curiosa com as pontas deixadas. E, aparentemente, a possível história que pode acontecer na sequência seria bem mais desafiadora e mais atraente de assistir, já que envolve coisas relacionadas ao passado dos personagens, e faria a história ser bem mais interessante.
The Old Guard está disponível na Netflix.
E você, já assistiu The Old Guard? Conta pra gente o que achou do filme!