Em 18 de agosto de 2000 estreava nos cinemas brasileiros X-Men: O Filme. O sucesso desse filme (que nos EUA estreou em 14 de julho de 2000) mudou completamente a forma como os heróis seriam tratados pela indústria cinematográfica. E chegamos hoje na Era de Ouro dos Super Heróis nas mídias visuais e um dos principais responsáveis foi o primeiro filme da principal equipe mutante da Marvel.
Com atores de peso no elenco (como Patrick Stewart, Sir Ian McKellen e Anna Paquin), bons atores, mas pouco conhecidos (como Hugh Jackman, Halle Berry, James Marsden), um roteiro enxuto e uma direção excelente, o filme foi aclamado pela crítica e pelo público.
Partindo da premissa dos quadrinhos e do eterno embate entre mutantes e humanos, somos apresentados ao time dos heróis, composto por Ciclope (James Marsden), Jean Grey (Famke Janssen), Tempestade (Halle Berry), Wolverine (Hugh Jackman) e Vampira (Anna Paquin), liderados pelo Professor Charles Xavier (Patrick Stewart,). Eles defendem a coexistência pacífica e harmônica entre humanos e mutantes. Com ideologia oposta, defendendo a dominação dos mutantes sobre os humanos, temos a Irmandade dos Mutantes, composta por Groxo (Ray Park), Mística (Rebecca Romijn) e Dentes de Sabre (Tyler Mane), liderados por Magneto (Sir Ian McKellen). E no meio dessa guerra ideológica, temos os humanos, representado pelo Senador Robert Kelly (Bruce Davison) que propõe uma lei que obriga todos os mutantes a se registrarem no governo dos Estados Unidos e assim proteger a espécie humana da espécie mutante.
Um filme com muita ação, efeitos visuais decentes, drama e humor na medida certa. E várias reviravoltas que emocionam e empolgam. Receita de sucesso. E agradou até o mais exigente dos públicos: os consumidores das histórias em quadrinhos, do qual eu faço parte.
Os mutantes sempre foram a minha equipe preferida. Mesmo com todos os poderes, o maior inimigo deles não podia ser vencido na base de rajadas óticas: o preconceito. A necessidade de pertencer a um grupo, de ser aceito dialoga com qualquer pessoa e em qualquer época.
É possível ficar horas discutindo e filosofando todas as nuances por trás de X-Men. E, por mais que os métodos de alguns mutantes sejam questionáveis, não é possível dizer que está completamente errado. O que esperar de alguém que sofreu em um campo de concentração nazista, como é o caso de Magneto? É perfeitamente compreensível que ele se defenda retribuindo a violência que recebeu na infância e adolescência.
Pode-se dizer que o filme envelheceu muito bem.
Vamos celebrar os 20 anos reassistindo este filme fabuloso?
Escrito por: Marcello Bicalho